Invento facas que cortam paisagens
Com a força dos meus hábitos bem lubrificados minha natureza enfraquecida se esquece
Da milenar trajetória feita de intrépidos sustos e instintiva coragem.
E da promessa de ser anjo um dia em preciosas paragens
Invento facas todos os dias e lhes consagro alta precisão
Com elas corto as paisagens que nascem no frescor da manhã.
Corto-as solenemente, não existe nada que faço com mais afeição
Adoro interromper o novo
De novo
E de novo
Antes, como haveis de supor (sempre há os que querem entender...)
“ Certifico-” milímetro por milímetro: As paisagens que se fatiam pelo fio da faca, se são originais, se possuem o perfume do agora, (disso não abro mão) Adoro viver em segurança.
Pular de um segundo para outro
Sempre confortado pelos braços do conhecido que estão sempre lá.
M@ioni
Um comentário:
Linda poesia.
O ja presente é mais confortável,mas o novo é sempre mais instigante,curioso.
Dá medo,mas viver é estar em constante estado de alerta.
Lindo,lindo.
Postar um comentário