O DESEMBARQUE
Foi num dia desses comuns que ele desembarcou na vida.
Como pássaro arisco ao alçapão , desvencilhou-se do útero,
Fitou a todos com seus olhinhos de inauguração:
Círculo parental
Partidos,
Leques de denominações com seus caminhos rumo a felicidade,
Sistemas,
Gremiações,
Engrenagens com seus sensos-comuns tradicionalmente azeitados.
Estavam todos ávidos ,
Com suas setas milimetricamente norteadoras suspensas no ar.
Num segundo momento:
Assim como a semente rompe a terra em busca de luz ele olhou para a mulher que o amamentava.
Na escuridão do dia, uma tênue chama brilha e resiste no silêncio as expectativas especiosas
Certos momentos são singulares,
Trazem qualquer coisa de doida,
De estranhamento,
De possibilidade de quebra paradigmática.
PELA FRESTA: POEMAS - POESIAS - HAIKAIS
Um dia a poesia será linguagem comum.Não temos pressa.A mãe terra fala através de nossos lábios.Estamos aprendendo a alegre aventura em desaprender o conceito errado do tempo.
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segunda-feira, 19 de março de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
TEU CORPO
.
Teu corpo é uma grande viagem
donde paisagens se abrem
buscando serem reconhecidas
Pelos prazeres inenarráveis que oferecem
Teu corpo,íngreme despenhadeiro que meu corpo mergulha
Achando o que procura a cada lance da descida
Mais e mais sensações novas e embriagantes
O máximo que pode oferecer esta vida de galope delirante
E,no fim o esperado chão:
A explosão do corpo,o fim dos sentidos
Porém,nova emoção antecipa o choque:
Teu corpo nu e iluminado
Feito rede de infalível amor me ampara com seus seios fortes
Seus lábios de nuvens escarlates
Seu coração de ondas macias
Teu corpo, e o que vai além dele
Me abraça e caricia, me fazendo perceber outros corpos em mim que nem sabia
São vários corpos que temos e que se projetam
Amalgamados em outros patamares de plenitude
Teu corpo,tesouro descoberto, luz dourada
Desejamos estar coesos sempre
Na aventura de perder e recomeçar novas jornadas
Em entrega sem desejo de recompensa
O apenas ir sem escolher o melhor fim
Teu corpo e meu corpo já não cabe em nós
há um mundo adverso que o solicita
nossa paixão mútua transborda e nisso se excita
Indo então lançar luzes ao oceano de ondas turvas...
Alardeamos em bom tom,á guisa de salva-vidas, haver um horizonte múltiplo de inequívoca herança
Daqui, dá para sentir e ver a beleza dessa aventurança
Sempre presente desde tempos idos...
Há tantos que nunca compuseram com a voz do coração
Tateiam ainda na obscuridade dos vencidos
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
SOLITUDE
ENTRE os vãos do tempo
Habita o silêncio,só ele sabe se aproximar com seus passos
feito de nada.
Sua presença surge sorrateiramente como pura alquimia.
Um sentimento de completude se instala e varre para dentro de si
a consciência individual que temos de nós.
Ali,somos amados e não sentimos os seus mil braços.Mas,fica uma alegria de estarmos em fusão
Eternidade do momento e seu fulgor...
Com a certeza de que esse algo mágico possui extrema leveza aceitamos que se escape de nós.
Refeitos,agradecemos a vida
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
TERRÁQUEOS
vulcões Tardios expelem revolucionários
A terra torna-se outra
O Azul fere os olhos no ar imaculado das manhãs.
Como cristal puro ,as verdades ditas ressoam indeléveis nos destinos das crianças
Qualquer um pega por gosto sua maçã
Todos quintais,cercas e fronteiras jazem nos mausoléus.
O mar sorri de tantas velas proletárias
Rios fluem pelas torneiras
Enquanto nas praças, jacarandás florescem sem receio
E as mães passeiam lançado seu amor para além do pequeno círculo.
Lá vai o poeta com seu flautim
Cantando sonhos que se aninham a outros sonhos afins,
Sonhos de serem terráqueos.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
VIDA
M eu casulo está se decompondo em algum lugar
Logo,seus elétrons estarão fazendo o caminho de volta para o grande armazém universal
Minha mãe é onisciente,tem a medida de todas as coisas e nada foge ao seu olhar
Minha permanência aqui é breve.Amo as cores que a mãe me deu
Com minhas asas danço no vento e vou esvoaçando pelas estradas do ar
Sou levada pela brisa aromatizada ao meu alimento
Assim sigo de flor em flor
Serei una com a fonte,não tenho pressa
Enquanto encarno numa borboleta vou vivendo sucessivas alegria
Até o arrebatamento final.
Logo,seus elétrons estarão fazendo o caminho de volta para o grande armazém universal
Minha mãe é onisciente,tem a medida de todas as coisas e nada foge ao seu olhar
Minha permanência aqui é breve.Amo as cores que a mãe me deu
Com minhas asas danço no vento e vou esvoaçando pelas estradas do ar
Sou levada pela brisa aromatizada ao meu alimento
Assim sigo de flor em flor
Serei una com a fonte,não tenho pressa
Enquanto encarno numa borboleta vou vivendo sucessivas alegria
Até o arrebatamento final.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
A ÍRIS DA ONÇA
Na íris da onça tem uma fonte
de água clara e fresca de beber
quem me dera saciar-me dela
nem que depois venha morrer.
Os olhos da onça falam de um mundo
onde viver de perigo é sobreviver
quisera tê-la como amante
Para em suas garras todo dia fenecer .
O beijo da onça tem um hálito
que lembra rio bravo e jasmim
enlaçado em seus braços de amor e morte
quero sentir sua ânsia de amor em mim.
O cheiro da carne perturbando os sentidos
Eu sobre ela e ela selvagem sobre mim
Mesmo que sentindo o prenúncio da morte
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
VERÃO/LITORAL
Mar verde, gaivotas prateadas adejam ,ascendendo em suaves círculos.
Abaixo ,velas brancas beijam espumas
No alto céu e a todo largo fiapos de nuvens indolentes viajam para o oeste
Enquanto generoso sol de meio dia, litorâneo, domingueiro, irradia calor e festa.
Na praia, vozes humanas entrecortadas dos alegres gritos infantis se misturam ao Marulhar.
Vagalhões se arremeçam
Em seu dorso pranchas deslizam,
Maios, biquínis , barracas e pipas,
pedras apinhadas de mariscos
Caleidoscópio girante
Verão e mar, força e ritmo em coesão revigorante.
Traçando limite com a branca areia escaldante, a orla pontilhada de amendoeiras de copas baixas carregadas de frutos cujo o aroma singulariza-se ao se mesclar a maresia.
Automóveis se enfileiram nas guias estreitando a pista, aumentando o congestionamento destoando-se do alegre dia.
Ali,no entanto, a atmosfera oceânica reverbera-se no âmago, acordando o espírito de aventura que prima em encurtar os intervalos entre o desejo e ação, lançando-se ao viver pleno,espontâneo.
A majestade da vida para aqueles que podem senti-la está em toda a parte,mormente ali naquele pedaço de mar.
Momentos poéticos,flertes,amor a primeira vista,prosa amiga,encanto e toda sorte de prazeres que advêm das benesses do mar .
No sombreado das barracas ,idosos lavam suas memórias
Auscultando-as pelo crivo da autocompreenção.
Estação verão,calor e vida fluindo,ondas morrendo em espumas nas brancas areias
Abaixo ,velas brancas beijam espumas
No alto céu e a todo largo fiapos de nuvens indolentes viajam para o oeste
Enquanto generoso sol de meio dia, litorâneo, domingueiro, irradia calor e festa.
Na praia, vozes humanas entrecortadas dos alegres gritos infantis se misturam ao Marulhar.
Vagalhões se arremeçam
Em seu dorso pranchas deslizam,
Maios, biquínis , barracas e pipas,
pedras apinhadas de mariscos
Caleidoscópio girante
Verão e mar, força e ritmo em coesão revigorante.
Traçando limite com a branca areia escaldante, a orla pontilhada de amendoeiras de copas baixas carregadas de frutos cujo o aroma singulariza-se ao se mesclar a maresia.
Automóveis se enfileiram nas guias estreitando a pista, aumentando o congestionamento destoando-se do alegre dia.
Ali,no entanto, a atmosfera oceânica reverbera-se no âmago, acordando o espírito de aventura que prima em encurtar os intervalos entre o desejo e ação, lançando-se ao viver pleno,espontâneo.
A majestade da vida para aqueles que podem senti-la está em toda a parte,mormente ali naquele pedaço de mar.
Momentos poéticos,flertes,amor a primeira vista,prosa amiga,encanto e toda sorte de prazeres que advêm das benesses do mar .
No sombreado das barracas ,idosos lavam suas memórias
Auscultando-as pelo crivo da autocompreenção.
Estação verão,calor e vida fluindo,ondas morrendo em espumas nas brancas areias
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