
O que vê o olhar inocente quando olha para mim
Quando passo presentificando todos os ontens?
O que desperta ao inocente olhar á imagem opaca desse eu
O que há para ser mirado?
pela orla da cratera desse intumescido breu!
Um baú que transborda passado estorvando o agora?
Que ignora a vida explodindo a cada segundo em clareiras?
Prisão dolorida é a memória!
Embalsamado pela tintura do desviver observo cabisbaixo
O olhar inocente está ali, sem nada pedir...
Apenas feito espelho a refletir
Como luar banhando-se no lago.
Casos mal solucionados,
que conservo como colcha de remendos
Porque teimamos?
Porque remoemos?
O que vê o olhar inocente quando olha para mim?
Vê como se olha o instante
Que se recria em inusitada beleza
Pureza de diamante
Juízo em suspensão
Feito de espera e
grandeza.
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