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domingo, 4 de julho de 2010

"! Espanto e Admiração





Venho pela rua declamando Heráclito (a sua vida sempre foi um poema).

Os pedestres estão apressados

Feitos elos perfeitos da engrenagem do sistema

E, em torno, a alienação é constante.

Um pássaro canta desvelando o momento.

Sempre há algo de inefável no horizonte

 
Poucos vêem “a plenitude” do imperturbável agora.

O campo dos cincos sentidos será só linear, temporal,

Ou requer que dinamitemos seus limites
Desta escravidão espaço-tempo paradoxal?

Assim, quem sabe, ele mais perceptivo e livre da gaiola milenar

Se possa inaugurar uma era

De irretocável rigor na arte de amar.



A grande massa, cega, vagueia.

Heráclito foi sempre muito obscuro.

Pasmem! Para ele, o povo era só um monte de areia.

Na borda do não tempo

Pinga um segundo

O homem torna-o eterno.

M@ioni

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